Falar de TRANSFEMINISMO não é falar da demarcação biológica do gênero dentro de um aspecto anatômico de diferenciação sexual. Falar de TRANFEMINISMO é reivindicar todas as experiências e vivências, performances e pluralidades de sujeitas que rompem a narrativa da construção social de um processo histórico cultural do “Ser Mulher” para contemplar pessoas que se autodeterminam femininas (mulheres cis, mulheres homoafetivas, pessoas não binárias*, pessoas queer, travestis, transexuais e mulheres transgêneras*).
Para Helena Vieira (2018, p.54) “A desnaturalização da identidade da mulher resultou, portanto, na denúncia da multiplicidade das experiências resultantes no que socialmente se chamava mulher e na impossibilidade de uma resposta categórica e universal à pergunta aparentemente simples, ‘O que é ser mulher?’”.
Sueli Carneiro (200)) expõe que o discurso em torno da mulher como sujeito universal não condiz com a situação de todas as mulheres.
Para Letícia Nascimento (2023, p.55) “É preciso destacar, portanto, que a ideia universal de mulher, inclusive numa relação essencialista com o sexo anatômico, é insuficiente para nomear as possibilidades de experiências femininas em diferentes marcadores interseccionais de performatividade de gênero.”
As reflexões sobre o Transfeminismo alarga o nosso entendimento do que é o feminino e nos capacita para enfrentarmos à misogenia, o sexismo, as diversas vulnerabilidades do Ser Mulher, oportunidade para ampliarmos também o conceito de Sororidade para o acolhimento dos diversos femininos.